segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Democracia?

Se a Dilma ganhar as eleições me sentirei completamente ofendida como cidadã brasileira. É triste ver a sociedade brasileira apoiando uma mulher que simplesmente segue a trilha de um governo cheio de pequenos favores, poucas melhorias, mas não de reais melhoras.

Se a Dilma ganhar as eleições, será o sinal de como o povo brasileiro sofre e persiste na mesma carência desde que se tornou uma nação: a inteligência.

A falta de investimento na educação é tão intencional na política brasileira justamente para que seja mantido esse ciclo de ignorância e não se resolvam os problemas em suas raízes.

Nisso, o povo brasileiro é enganado dia após dia de que está havendo melhorias, quando, na verdade, os políticos estão simplesmente fazendo a operação “tapa buraco”. Preferem continuar nesse processo do que retirar todo o solo e calçá-lo todo novamente, ou seja, curar o problema pela raiz.

E, dessa forma, o povo brasileiro é tão facilmente manipulado com pesquisas de IBOPE, campanha pública eleitoral do “fiz e aconteci”, com paternalismos e maternalismos hipócritas. É muito simples encher quase meia hora de campanha política com todos os “bens feitos” de um mandato, cheio de depoimentos de pessoas que fazem parte de uma minoria que se contenta com pouco e que persiste em viver no pouco, porque não lhe foi dada a capacidade de pensar além.

Quero ver quais serão os candidatos que terão coragem de mostrar em sua campanha eleitoral política quanto dinheiro deixaram de investir na educação, na saúde e em tantos outros setores carentes da sociedade. Quero ver quais candidatos terão coragem de entrar nas favelas e mostrar a real, verdadeira, nua e crua criminalidade das mesmas, mostrar os bairros sem saneamento básico, as pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza, a quantidade de semianalfabetos e analfabetos que permeiam esse país, as clínicas ilegais de aborto, a realidade dos hospitais públicos, a realidade de uma família que tem que sobreviver com um salário mínimo, a realidade de um dia a dia de uma escola municipal do Rio de Janeiro, a vida diária de um mendigo...

Quero ver quem terá coragem de se autodenunciar e se arrepender de cada centavo que roubou do dinheiro público e ainda pagar a cada brasileiro tudo que deve pela sua corrupção.

É tão triste ver o povo sofrendo e ao mesmo tempo pagando pelas suas decisões eleitorais que são tão limitadas intelectualmente. Povo que escolhe e persiste em escolher o errado. Povo que vota por beleza de candidatos, por pequenos favores prestados, por pequenas manipulações e doações, por propaganda eleitoral que mais parece que foi feita por uma empresa de Marketing do que baseada no compromisso e na responsabilidade que o candidato deve ter. Povo que vota, mas depois de um tempo esquece em quem votou. Povo que reclama das dificuldades, mas não se manifesta para os políticos fazerem cumprir os seus direitos. Povo omisso. Povo sem conhecimento. Povo que é produto da falta de investimento em educação. É o ciclo vicioso dessa falta de investimento.

O problema do povo brasileiro é que ele se contenta com pouco. Enquanto continuar nesse processo, será lamentável continuar vendo os países de primeiro mundo crescendo, e o Brasil ainda ter que lidar com índice de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza e com analfabetismo (sem repetir os outros problemas mencionados acima, entre muitos outros).

Dizem por aí que temos democracia, mas de que vale a democracia se não a usamos de maneira correta? De que vale a democracia se uma pequena porcentagem sabe raciocinar, mas a grande maioria é bitolada, matuta e pacata? Democracia mesmo seria se todos pudessem perceber o óbvio: a safadeza e a corrupção política pública! E ainda mais: não só perceber a safadeza e a corrupção política pública, mas votar contra elas! Pois o que mais vemos são políticos que têm o histórico mais sujo do que chiqueiro se candidatarem. E o pior: serem reeleitos!

Só teremos democracia de verdade quando todos os brasileiros tiverem a mesma oportunidade de ensino e educação e, por isso, as mesmas condições de criticar e racionalizar. Não só isso, mas penso que só teremos uma verdadeira democracia quando as propagandas políticas eleitorais forem divididas em tempos iguais para que cada candidato possa mostrar igualmente os seus discursos. Democracia? Meia hora pra "uns" e alguns minutos ou só uns segundos pra outros? Ham?

É tão triste continuar neste Brasil: um país tão rico, cheio de beleza, mas ao mesmo tempo tão pobre intelectual, espiritual e politicamente.

Rogo e faço um apelo: Que todos os universitários inteligentes e intelectuais neguem-se a votar a favor da campanha manipuladora, e conversem com as pessoas com quem tem contato. Nós que temos acesso às informações e podemos ser os futuros líderes (futuro da nação) somos responsáveis por conscientizar nossos conhecidos. No dia 3 de outubro, diga não à Dilma e vote em quem realmente tem competência. Meu voto vai para Marina 43, e o seu?

Obs.: Sei que o voto é secreto, mas a propaganda eleitoral não!

Pense, mas não só pense, investigue, mas não só investigue, faça valer a realidade dos fatos!

Contra a corrupção e a lavagem cerebral, na luta pelo 2º turno: vote Marina 43!

Texto redigido por Milena Moraes
Estudante formada em Bacharel (Letras / Português-Italiano) na UFRJ e Licencianda pela mesma universidade, indignada com a baixaria, corrupção e manipulação de massa na política brasileira.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Quando tudo diz que não

Às vezes, vivemos momentos em nossas vidas em que todas as circunstâncias apontam para o desespero, a derrota, o desânimo, as lutas, as perseguições, as angústias, as fraquezas, incentivando-nos a desistir de continuar a caminhar, desistir dos nossos sonhos e perdermos o foco. Tudo contribui para dizermos não à vitória, que para nós já está garantida, não porque merecemos, mas pela graça de Jesus.

Mesmo tendo o Vencedor ao nosso lado todos os dias, sentimo-nos fracos, não sentimos sua presença, e até duvidamos se Ele realmente está conosco.

Entretanto, não podemos deixar que quaisquer circunstâncias sufoquem a nossa fé. Devemos crer que o Deus do Impossível está ao nosso lado, trabalhando a nosso favor, mesmo que em silêncio, ou, aparentemente, distante.

Por isso, deixo para nossa reflexão a letra de uma música que veio a minha mente repentinamente, mas falando divinamente ao meu coração:

Quando tudo diz que não
Sua voz me encoraja a prosseguir
Quando tudo diz que não
Ou parece que o mar não vai se abrir

Eu sei que não estou só
E o que dizes sobre mim
Não pode se frustrar
Venha em meu favor
E cumpra em mim teu querer

O Deus do impossível
Não desistiu de mim
Sua destra me sustenta
E me faz prevalecer

(Música "O Deus do impossível ")



Outra música que fala também profundamente comigo com relação às circunstâncias é uma antiga que quase todos os cristãos conhecem:


Esta paz que eu sinto em minha’alma
Não é porque tudo me vai bem.
Esta paz que eu sinto em minha’alma
É porque eu amo ao meu Senhor

Não olho as circunstâncias, não, não, não!
Olho o seu amor!
Não me guio por vistas.
Alegre estou!

Este gozo que sinto em minh’alma
Não é porque olho ao meu redor.
Esta paz que sinto em minh’alma
É porque eu sirvo ao meu Senhor.

Não olho as circunstâncias, não, não, não!
Olho o seu amor!
Não me guio por vistas.
Alegre estou!

E ainda que a terra não floresça,
e a vide não dê o seu fruto,
E ainda que os montes se lancem ao mar,
e que a terra trema, eu hei de confiar!

Não olho as circunstâncias, não, não, não!
Olho o seu amor!
Não me guio por vistas.
Alegre estou!

Aleluia, glórias, aleluia! Aleluia dou ao meu Senhor!
Aleluia, glórias, aleluia! Aleluia dou ao meu Senhor!



Como a música acima fala, não devemos olhar as circunstâncias para medir se Deus se importa ou não com a gente, devemos crer que, independentemente das circunstâncias, Ele nos ama e se importa conosco. As circunstâncias produzem crescimento e experiência: "E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações; sabendo que a tribulação produz a paciência, E a paciência a experiência, e a experiência a esperança. E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado." (Romanos 5:3-5).

Além disso, as circunstâncias nunca terão o poder de nos separar do amor de Deus: "Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?, Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte todo o dia; Somos reputados como ovelhas para o matadouro. Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor." (Romanos 8:35-39).

Que não permitamos que problemas, circunstâncias ou situações sufoquem o nosso viver diário com Deus e o nosso amor por Ele. Que dependamos DELE cada vez mais para vivermos Nele, por meio Dele, e para a glória DELE, crendo que para tudo há um propósito DELE.

Graça e paz sejam com todos! Amém.