sexta-feira, 28 de outubro de 2022

Cristão pode votar na esquerda?

Por Laiz Meireles

Irmãos cristãos e irmãs cristãs, muita gente anda perguntando por aí se Jesus era de direita ou de esquerda. A resposta é bem clara. Nenhum dos dois. Nem direita, nem esquerda, muito menos centro. Jesus não se encaixa nesses rótulos, seu ministério na Terra foi anterior ao modo de produção capitalista, não queiram colocá-lo numa caixinha. A noção político-econômica de direita e esquerda apareceu em 1789 d.C. 


Jesus deixa claro que o Reino de Deus não é deste mundo. Eis um dos exemplos:

Disse Jesus: "O meu Reino não é deste mundo. Se fosse, os meus servos lutariam para impedir que os judeus me prendessem. Mas agora o meu Reino não é daqui". (João 18:36, NVI)


Nosso mundo é físico, material e passageiro. O Reino de Deus é espiritual, celestial e eterno, do qual Jesus é o próprio Rei. Não devemos nunca confundir e misturar coisas terrenas com coisas espirituais. Não se deve misturar o que é sagrado e o que é profano. Numa palavra, não devemos misturar política com religião. O Estado é laico, ou seja, não tem religião, e assim deve continuar. Não obstante, no Brasil temos liberdade religiosa para professarmos a fé que desejarmos. 

Um presidente não deve governar só para uma determinada religião, mas para todos os cidadãos, inclusive os sem religião alguma. 

A esquerda tem alguns valores, em comum, com os valores bíblicos, como justiça, amor, verdade, ajuda aos pobres e oprimidos, paz e alegria. O ódio, a mentira, a avareza, o acúmulo de riquezas, o enriquecimento ilícito, que são condenados biblicamente, ultimamente tem sido pautas da direita liberal.

 

Tanto quem oprime o pobre para enriquecer-se como quem faz cortesia ao rico, com certeza passarão necessidade. (Provérbios 22:16, NVI)


Jesus também nos alerta sobre o acúmulo de riquezas materiais, que, por acaso, é defendida pela direita, base do capitalismo:
 

Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. (Mateus 6:19, NVI)


Ser rico é pecado? Não. Pecado é enriquecer ilicitamente e oprimir aos pobres.
  Ser de direita é pecado? Lógico que não. John Locke inclusive escreveu algo que concordo, que é que eu posso não concordar com nada do que você fala, mas vou defender seu direito de falar. Rosseau elabora a teoria social sobre a ordem e do contrato social, são temas importantes , nossa sociedade é baseada em sua maior parte nos iluministas e temos leis baseadas nestes grandes pensadores liberais. 

O problema de hoje em dia é que o neoliberalismo está levando aos extremos os ideais conservadores e plantando divisão e ódio em nossa sociedade. Nada que é extremista é bom. Nada que traz divisão para a sociedade é bom. 

Para uma sociedade andar, é necessário que haja distribuição de riqueza, mas a corrupção e ganância por enriquecimento tem nos deixado em uma situação financeira muito difícil neste momento, quando há 33 milhões de brasileiros passando fome. 

A Bíblia também condena o amor ao dinheiro e declara ainda que isto é a raiz de todos os males, então os homens e as mulheres de Deus devem se afastar disto:
 

[...] pois o amor ao dinheiro é raiz de todos os males. Algumas pessoas, por cobiçarem o dinheiro, desviaram-se da fé e se atormentaram a si mesmas com muitos sofrimentos. (1 Timóteo 6:10, NVI)


Na tradição cristã protestante, prega-se a liberdade para tomar decisões, como podemos ver na passagem:
 

“Tudo me é permitido”, mas nem tudo convém. “Tudo me é permitido”, mas eu não deixarei que nada domine. (1 Coríntios 6:12, NVI)


Por isso, vai contra nossos princípios que irmãos e irmãs estejam sendo coagidos e coagidas, por seus pastores e líderes religiosos, a votarem em candidato A ou B ou partido X ou Y. Isso é usar a fé das pessoas como massa de manobra para seus próprios interesses. Somos livres para fazermos nossas escolhas. A Bíblia nos orienta que:
 

[...] mas ponham à prova todas as coisas e fiquem com o que é bom. Afastem-se de toda forma de mal. (1 Tessalonicenses 5:21,22, NVI)


Observem os frutos, o resultado do trabalho de cada um. Pela árvore conhecemos os frutos. Devemos fugir da forma do mal, como nos orienta a palavra de Deus. Existem pessoas que falam bonito, falam da Bíblia, falam de Deus, mas os seus frutos não são bons. É preciso que tenhamos sabedoria e discernimento para distinguir.
 

Cuidado com os falsos profetas. Eles vêm a vocês vestidos de peles de ovelhas, mas por dentro são lobos devoradores. Vocês os reconhecerão por seus frutos. Pode alguém colher uvas de um espinheiro ou figos de ervas daninhas? Semelhantemente, toda árvore boa dá frutos bons, mas a árvore ruim dá frutos ruins. A árvore boa não pode dar frutos ruins, nem a árvore ruim pode dar frutos bons. (Mateus 7:15-18, NVI)


Direita e esquerda são pautas econômicas. Não precisamos concordar 100% com uma ou com outra. Entretanto, sabemos que a principal pauta da esquerda é combater a miséria, desigualdade opressão e injustiça social. E toda injustiça é pecado, como diz
1 João 5:17

Logo, cristão pode votar na esquerda? Pode. Cristão pode votar na direita? Pode. 


Nosso candidato deve nos representar socialmente e não como cristãos, pois não somos deste mundo. Quem representa Cristo na Terra é você, cristão, não um presidente. Devemos ser sábios para escolher nosso futuro, de nossa nação e descendentes. Peça sabedoria a Deus, escolha um candidato para votar, e que sua escolha lhe traga paz. Lembre-se que o voto é secreto!
 

Mas a sabedoria que vem do alto é antes de tudo pura; depois, pacífica, amável, compreensiva, cheia de misericórdia e de bons frutos, imparcial e sincera. O fruto da justiça semeia-se em paz para os pacificadores. (Tiago 3:17-18, NVI)

 

Graça e Paz,

Laiz Meireles


Estão prostituindo a noiva de Cristo

Querido irmão e querida irmã em Cristo, gostaria de trazer-lhe uma reflexão muito pontual ao que temos visto acontecer no momento das eleições 2022.

Temos visto atualmente um apoio institucional, incondicional, acrítico e desenfreado por parte da maioria das igrejas evangélicas, assim como em 2018, à reeleição do atual presidente da república.


Os púlpitos trocaram o ato de refletir a imagem do Deus invisível pelo ato de refletir a imagem de um candidato. Deixaram de pregar o amor a Deus acima de todas as coisas para pregarem o voto a um candidato acima de todas as coisas. A Bíblia condena este pecado e o chama quando deixamos de adorar a Deus para adorar outras coisas ou pessoas de idolatria.


É comprovado estatisticamente pelos dados das pesquisas de intenção de voto que mais de 60% dos evangélicos desejam votar em Bolsonaro. Também estão circulando, nas diversas redes sociais, vídeos em que pastores fazem campanha clara no púlpito para Bolsonaro, e em que irmãos do louvor fazem musiquinhas de cunho gospel ou até mesmo de funk cantando para Bolsonaro. Então, fica um pouco claro que a minoria que não concorda com essa atitude e que declarou voto em Lula está tentando dialogar e ser ouvida, sem muito sucesso, numa forma de protestar a esse movimento bolsonarista dentro das igrejas.


Temos visto também que, ao idolatrarem Bolsonaro, seus seguidores se tornaram muito parecidos com ele: em vez de amar o próximo, oprimem, manipulam inverdades como verdades, ofendem as pessoas e defendem seus posicionamentos com discurso de ódio. O último acontecimento do aliado Roberto Jefferson ao atual presidente nas eleições de ter disparado tiros de fuzil e jogado granada contra oficiais da Polícia Federal explicita até onde esse armamento descontrolado atrelado a um ódio desmedido pode tragar seus seguidores e colocar em risco a vida de muitos:


Aqueles que fazem ídolos e neles confiam são exatamente iguais a eles. (Salmos 115:8, NVT)


Existem vários vídeos que também circulam nas muitas redes sociais em que Bolsonaro diz que a especialidade dele é matar, que não tem problema ocorrer uma guerra civil, em que morram pelo menos uns 30 mil. Esse tipo de fala reflete seu descaso total perante ao valor da vida do seu próximo e diante de qualquer barbárie que possa haver decorrente do armamento da população. A maneira do então presidente de lidar com a pandemia e de não desenvolver qualquer política pública ou uma ação planejada e aliada ao Ministério da Saúde e a instituições de ciência respeitadas confirmou a sua indiferença com a morte de quase 700 mil mortos de brasileiros – sem contar as frases que ele soltou quando era questionado: "Não sou coveiro", "E daí?", entre tantas outras.


Ver muitos pastores, líderes e pessoas do mundo gospel apoiando e declarando "voto cristão" a uma pessoa que tem esse tipo de comportamento ao seu semelhante (que se desmonstra ser totalmente desumano) me intriga demais.


A idolatria ao atual presidente por parte de seus seguidores e líderes nas igrejas está legitimando na sociedade todos os tipos de pecados abomináveis: racismo, xenofobia, misoginia, sexismo, pedofilia, violência, intolerância religiosa e política, discurso de ódio, armamento como forma de defesa e ataque, crimes eleitorais, disseminação de mentiras, prostituição da Igreja ao comprar a ideia de projeto político de poder, ênfase no projeto político de poder e não na pregação do Evangelho, descredibilidade do Evangelho perante aos não cristãos, etc.


Se o objetivo de apoiar o Bolsonaro era favorecer a expansão do Reino de Deus e do Evangelho, querido irmão e querida irmã, você pode ter total certeza de que esse movimento do bolsonarismo está fazendo exatamente o contrário. Não estou me referindo à expansão da Igreja em número, pois isso já temos, mas em discípulos. Está sendo um tiro no pé! E quem atira para dentro, causando divisão dentro das igrejas, é Satanás! 


Talvez seja exatamente por esse crescimento em números e não em discípulos (vivendo os mandamentos de Jesus) que vemos os seguidores de Bolsonaro fazendo o que fazem.


Por isso, agora eu lhes dou um novo mandamento: Amem uns aos outros. Assim como eu os amei, vocês devem amar uns aos outros. Seu amor uns pelos outros provará ao mundo que são meus discípulos. (João 13:34,35, NVT)


Quando vemos pastores e líderes expulsando suas ovelhas das igrejas por não apoiarem Bolsonaro (conforme relata a matéria da BBC), eles estão amando suas ovelhas como Jesus amou? O mundo consegue ver por meio dessa atitude que são verdadeiros discípulos de Jesus?


Meu irmão e minha irmã, não se engane: nunca foi tão difícil ser cristão nesse período. Nunca foi tão difícil pregar o Evangelho. Estamos precisando evangelizar aqueles que se dizem os próprios crentes. Tenho visto filósofos ateus utilizarem versículos da Bíblia para rebater tais atitudes e evangelizarem os próprios cristãos, principalmente no que se refere a propagar mentiras, tais como:


Os lábios mentirosos são detestáveis para o Senhor, mas os que dizem a verdade lhe trazem alegria. (Provérbios 12:22, NVT)


Não mintam uns aos outros, pois vocês se despiram de sua antiga natureza e de todas as suas práticas perversas. Revistam-se da nova natureza e sejam renovados à medida que aprendem a conhecer seu Criador e se tornam semelhantes a ele. (Colossenses 3:9,10, NVT)


Por que vocês não entendem o que eu digo? É porque nem sequer conseguem me ouvir! Pois são filhos de seu pai, o diabo, e gostam de fazer as coisas perversas que ele deseja. Ele foi assassino desde o princípio. Sempre odiou a verdade, pois não há verdade alguma nele. Quando ele mente, age de acordo com seu caráter, pois é mentiroso e pai da mentira. (João 8:43,44, NVT)


Com esse movimento dos não cristãos em tentar alertar a igreja, vemos que as pedras tem clamado quando aquela que se diz Igreja não a está sendo de fato, conforme alertou o próprio Senhor Jesus:


Ele, porém, respondeu: "Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão!". (Lucas 19:40, NVT)


E depois disso tudo, quem dará credibilidade à pregação do Evangelho de quem apoia Bolsonaro? Quem vos ouvirá?


Querer apoiar um candidato ou outro por familiaridade a posicionamentos políticos, está tudo bem; mas não envolva Jesus nisso, não envolva a moral de Jesus nisso. Ele nunca aspirou o poder romano nem nunca nos ensinou a apoiar projeto de poder para estabelecer o Seu Reino, pois o Reino dele não é deste mundo:


Jesus respondeu: "Meu reino não é deste mundo” (João 18:36, NVT)


Por isso, amado irmão, amada irmã, independentemente de sua escolha a um candidato ou outro, já perdemos com essas eleições: perdemos o amor para com os nossos irmãos, deixamos de provar ao mundo que amamos uns aos outros trazendo divisão e perseguição dentro das igrejas, aliamos o Evangelho de Cristo a um reino terreno e estamos colocando a defesa dos nossos valores nas mãos do Estado e não na mentalidade de Cristo.


Sendo assim, estão prostituindo a noiva de Cristo e, mais uma vez, ela é maculada, e sua honra é manchada, por aliarmos o nome de Deus, que é perfeito e santo, a um candidato ímpio (mas que se diz cristão) que profana o nome de Deus, copiando um slogan de Hitler da Alemanha, para obter seu projeto de poder consolidado.


Com qualquer resultado nessas eleições, toda a Igreja e o corpo de Cristo precisam se arrepender para voltarmos a falar com familiares e parentes, amigos e irmãos em Cristo.


Arrependam-se enquanto há tempo. 


Busquem o Senhor enquanto podem achá-lo; invoquem-no agora, enquanto ele está perto. (Isaías 55:6, NVT)


A paz do Nosso Senhor Jesus Cristo a todos os irmãos cristãos brasileiros,

Milena Moraes

domingo, 23 de outubro de 2022

Jesus Cristo usaria armas?

Por Laiz Meireles

Questionar se Jesus seria a favor das armas de fogo é fora de contexto?

Esses dias eu estava navegando na rede do passarinho, que ultimamente tem sido o “puro suco” da internet, e vi alguém questionando se Jesus aprovaria o uso de armas. Vi também muita gente dizendo, inclusive teólogos e pastores, que essa pergunta era anacrônica, ou seja, que destoa dos usos da época a que se atribui. Esse argumento é sustentado principalmente porque, na época que Jesus viveu na Terra, as armas de fogo não existiam. 

Quando Jesus começou seu ministério, por volta do ano 30 d.C., o Império Romano ocupava e oprimia a região da Judeia, onde Jesus nasceu e foi criado. Os romanos oprimiam o povo judeu, arbitrariedades aconteciam, impostos abusivos eram cobrados, aqueles que eram criminosos recebiam a pena de morte de cruz, entre tantos outros abusos. Realmente, todos sabemos que quando Jesus passou pela Terra não existiam armas de fogo. A arma da época era a espada. E eu lhe pergunto: Jesus andava com sua espada embanhada por aí para se defender dos romanos? Ele pregava que o povo devia se rebelar contra os invasores? Pregava que quando fossem injuriados deveriam se defender com espada?

Vamos ver o que Jesus disse quando estava com seus discípulos no Getsêmani, horas antes de começar a sua paixão, no momento que vieram soldados para prender Jesus, e Pedro se adiantou cortando a orelha de um deles com a espada:

 

Disse-lhe Jesus:  “Guarde a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão.” (Mateus 26:52, NVI)
 

Então, a pergunta no início do texto seria anacrônica? Bom, temos aqui a resposta: não. Hoje ninguém mais usa espadas por aí, não é mesmo? Tirando quem pratica esporte com elas, é claro. Armas de fogo não têm outra finalidade, senão matar ou ferir; foram feitas para esse fim. Sendo assim, um cristão deve ser a favor da liberação das armas? Um cristão deve andar armado, preparado para ferir ou matar quando qualquer um venha lhe ofender? As Escrituras nos dizem claramente que não.

Já ouvi também que violência para se defender é lícita. Tendo em vista que não estamos falando do Código Penal Brasileiro, mas sim da Bíblia, vamos ver quais foram as palaras de Jesus a respeito deste assunto, que diz:


Se alguém bater em você numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém tirar de você a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica. (Lucas 6:29, NVI)


À luz dos ensinamentos de Cristo, violência e uso de armas para defesa própria é errado. É claro como água, eu diria, já que os textos não dão margem para ambiguidades. Tenho ficado estarrecida com a quantidade de pessoas de Deus, pastores, teólogos, pregadores e evangelistas a favor do armamento da população. Eu fico realmente preocupada. Essas pessoas estão dormindo? Não entendem o que leem? Estão cegas espiritualmente? Ou simplesmente querem isso, acham normal? Esses questionamentos ficam ecoando na minha mente. 

Em
Lucas 19:45-48, é narrado que Jesus entrou no templo e viu pessoas fazendo comércio e as expulsou de lá. Utilizam esse texto pontual para justificar ações violentas. Pois bem, Jesus é Deus. O templo era a casa de Deus, casa de oração. A ira do próprio Deus se manifestou naquele momento, dentro de sua própria casa, que a faziam de comércio e desrespeitavam o lugar que era separado para oração e adoração. Note que Jesus não bateu em ninguém, nem desembanhou espada alguma, apenas expulsou do templo aqueles que queriam se aproveitar para lucrar com a fé de seu povo. Isso me soa bem atual, heim! 

Continuando, Jesus provou o sabor amargo da violência na sua carne, da tortura, dos pregos nas mãos, da lança no seu lado. Esse Jesus, cheio de amor e misericórdia, que pediu ao Pai perdão por seus algozes, não pode ser um Jesus que apoia armas. Como diz Isaías 9:6 que ele é o Príncipe da Paz.

A palavra “cristão” quer dizer pequeno Cristo. Nós somos à imagem e semelhança de Cristo. Não devemos de maneira nenhuma propagar ou semear o ódio ou qualquer tipo de discurso que propague o ódio disfarçado de um falso moralismo. Como diz o apóstolo Paulo:

 

Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo. (Efésios 4:32, NVI)

Ainda na carta de Paulo aos Efésios, ele nos ensina que devemos seguir a Cristo como nosso maior exemplo e ser seus imitadores:
 

Portanto, sejam imitadores de Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. (Efésios 5:1,2, NVI)

Na carta de Paulo aos Gálatas, ele nos mostra quais são os frutos da carne e do Espírito:

 

Mas o fruto do Espírito é amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5:22,23, NVI)
 

Para concluir, irmãs e irmãos, a Bíblia é nossa regra de fé e prática. Leia os evangelhos, as cartas de Paulo, os ensinamentos dos apóstolos. Se você tiver conhecimento, nenhum falso profeta o enganará. Muito menos o príncipe deste século, o diabo, cegará seu entendimento. 

Eu sinto que estamos vivendo um tempo de apostasia. Chegou o momento em que a igreja precisa ser evangelizada. Nunca pensei que eu veria isso acontecer em minha geração. Oro para que as escamas caiam dos olhos dos evangélicos brasileiros e que voltem ao primeiro amor, ao arrependimento, aos pés da Cruz. Que a igreja volte a orar, jejuar e pregar o evangelho a toda criatura, e não pregar ideologias contrárias à palavra de Deus.

Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre.
(Hebreus 13:8, NVI)

Graça e Paz,

Laiz Meireles

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

Nessas eleições, você é guiado por qual espírito?

Querido irmão e querida irmã em Cristo,

Gostaria de lhe convidar a fazer a leitura do texto
Eleições 2022:'Perseguição contra cristãos já começou no Brasil. Só que dentro da igreja' para, em seguida, fazer uma reflexão: a pessoa que começou ou incentiva o fenômeno do “bolsonarismo” dentro das igrejas pode ser chamada de “homem de Deus”?

Por favor, responda para si mesmo: espiritualmente, quem semeia o espírito de divisão nas igrejas? Quem é responsável por isso: o Espírito Santo ou o diabo?

O Apóstolo Paulo, em sua primeira epístola aos Coríntios, deixa muito claro o que o espírito da contenda causa nas igrejas:

Refiro-me ao fato de alguns dizerem: “Eu sigo Paulo”, enquanto outros afirmam: “Eu sigo Apolo”, ou “Eu sigo Pedro”, ou ainda “Eu sigo Cristo”.

Acaso Cristo foi dividido? Será que eu, Paulo, fui crucificado em favor de vocês? Alguém foi batizado em nome de Paulo?

(1 Coríntios 1:12,13, NVT) 


Fazendo uma analogia ao que Paulo escreveu em 1 Coríntios 1: acaso Cristo foi dividido? Acaso Bolsonaro foi crucificado em favor de vocês? Alguém foi batizado em nome de Bolsonaro?

Se sua resposta foi não, então por que pastores e padres estão coagindo seus membros a votarem em Bolsonaro e os excluindo de suas congregações, impedindo-os de serem membros de suas igrejas se não votarem nele?

Segundo a matéria da BBC News Brasil, compartilhada aqui, no início deste texto, pessoas que querem seguir a sua fé em paz estão abandonando a fé, desistindo de congregarem em suas antigas igrejas e desistindo até mesmo de seu relacionamento com Deus. Tudo isso porque muitas igrejas deixaram de ser ambientes acolhedores (onde as pessoas se sentiam aceitas) para serem ambientes opressores (onde as pessoas não são mais respeitadas pelo que são ou por pensarem diferente).

Quando seguem os desejos da natureza humana, os resultados são extremamente claros: imoralidade sexual, impureza, sensualidade, idolatria, feitiçaria, hostilidade, discórdias, ciúmes, acessos de raiva, ambições egoístas, dissensões, divisões, inveja, bebedeiras, festanças desregradas e outros pecados semelhantes. Repito o que disse antes: quem pratica essas coisas não herdará o reino de Deus.
(Gálatas 5:19-21, NVT, grifo meu)

A epístola do Apóstolo Paulo aos Gálatas também deixa muito claro que a idolatria, a hostilidade, as discórdias, os acessos de raiva, as dissensões e as divisões são obras da natureza humana pecaminosa (obras da carne), que nos levam para longe de Deus, pois fazem com que não herdemos o próprio Reino de Deus.

Irmão e irmã em Cristo, quando damos total vazão às obras da carne, já não agimos mais pelo Espírito Santo e perdemos nossa intimidade com Deus. Logo, eu lhe pergunto novamente, a quem estamos alegrando quando nos iramos uns contra os outros dentro das igrejas por causa de posicionamento político: o Espírito Santo ou o diabo?

Quem começou o incentivo ao apoio institucional, incondicional e acrítico apenas ao Bolsonaro dentro das igrejas?

Qual lado demoniza aquele que pensa diferente?

Qual lado demoniza o outro porque adotou um candidato como “homem de Deus”?

Cite-me qual apóstolo cheio do Espírito Santo se entristeceu em ser perseguido ou se entristeceu em morrer por Cristo.

Cite-me uma passagem bíblica em que Cristo pregou moralidade quando os fariseus vieram recriminá-lo por sua atitude de amor, perdão e compaixão aos marginalizados.

Insisto e faço um apelo para que você volte para as Escrituras e leia os Evangelhos com um olhar buscando entender o padrão moral de Jesus.

Se quisermos seguir a Cristo, devemos andar como Ele andou. Se quisermos seguir a Cristo, devemos agir como Ele agiu. Se quisermos seguir a Cristo, devemos viver como Ele viveu.

Mas quem obedece à palavra de Deus mostra que o amor que vem dele está se aperfeiçoando em sua vida. Desse modo, sabemos que estamos nele.
Quem afirma que permanece nele deve viver como ele viveu. 

Se temos dúvidas de como devemos avaliar nossos valores, devemos nos voltar à Trindade. A Bíblia é clara quando afirma que Cristo é Deus encarnado.

Se temos dificuldade de saber quais são os valores que importam para Deus, devemos olhar para Cristo, pois Ele é a imagem do Deus invisível.

O Filho é a imagem do Deus invisível e é supremo sobre toda a criação.

 

O próprio Jesus disse aos discípulos que, quando O vemos, vemos o Pai, e que as obras que Ele realizava eram divinas:

[...] estive com vocês todo esse tempo e você ainda não sabe quem eu sou? Quem me vê, vê o Pai! Então por que me pede para mostrar o Pai?
Você não crê que eu estou no Pai e o Pai está em mim? As palavras que eu digo não são minhas, mas de meu Pai, que permanece em mim e realiza suas obras por meu intermédio.
Apenas creiam que eu estou no Pai e que o Pai está em mim. Ou creiam pelo menos por causa das obras que vocês me viram realizar.


Se você tem dúvidas de como devemos amar nossos irmãos que pensam diferente da gente – até mesmo os nossos inimigos (aqueles que nos tratam mal) – e como devemos pensar no coletivo, leia os Evangelhos e, à luz do Espírito Santo, reflita como Cristo tratava as pessoas.

Que o Espírito Santo seja o seu guia acima da sua opinião e do seu posicionamento político.

Leia os Evangelhos!

Volte-se para as Escrituras!

Olhe para Jesus, somente para Ele!

Arrependa-se enquanto há tempo!

A paz de Cristo a todos os irmãos cristãos brasileiros,

Milena Moraes