Disse-lhe Jesus: “Guarde
a espada! Pois todos os que empunham a espada, pela espada morrerão.” (Mateus 26:52, NVI)
Então, a pergunta no início do texto seria anacrônica? Bom, temos aqui a resposta: não. Hoje ninguém mais usa espadas por aí, não é mesmo? Tirando quem pratica esporte com elas, é claro. Armas de fogo não têm outra finalidade, senão matar ou ferir; foram feitas para esse fim. Sendo assim, um cristão deve ser a favor da liberação das armas? Um cristão deve andar armado, preparado para ferir ou matar quando qualquer um venha lhe ofender? As Escrituras nos dizem claramente que não.
Já ouvi também que violência para se defender é lícita. Tendo em vista que não estamos falando do Código Penal Brasileiro, mas sim da Bíblia, vamos ver quais foram as palaras de Jesus a respeito deste assunto, que diz:
Se alguém bater em você numa face, ofereça-lhe também a outra. Se alguém tirar de você a capa, não o impeça de tirar-lhe a túnica. (Lucas 6:29, NVI)
À luz dos ensinamentos de Cristo, violência e uso de armas para defesa própria é errado. É claro como água, eu diria, já que os textos não dão margem para ambiguidades. Tenho ficado estarrecida com a quantidade de pessoas de Deus, pastores, teólogos, pregadores e evangelistas a favor do armamento da população. Eu fico realmente preocupada. Essas pessoas estão dormindo? Não entendem o que leem? Estão cegas espiritualmente? Ou simplesmente querem isso, acham normal? Esses questionamentos ficam ecoando na minha mente.
Em Lucas 19:45-48, é
narrado que Jesus entrou no templo e viu pessoas fazendo comércio e as expulsou
de lá. Utilizam esse texto pontual para justificar ações violentas. Pois bem,
Jesus é Deus. O templo era a casa de Deus, casa de oração. A ira do próprio
Deus se manifestou naquele momento, dentro de sua própria casa, que a faziam de
comércio e desrespeitavam o lugar que era separado para oração e adoração. Note
que Jesus não bateu em ninguém, nem desembanhou espada alguma, apenas expulsou
do templo aqueles que queriam se aproveitar para lucrar com a fé de seu povo. Isso
me soa bem atual, heim!
Continuando, Jesus provou o sabor amargo da violência na sua carne, da tortura, dos pregos nas mãos, da lança no seu lado. Esse Jesus, cheio de amor e misericórdia, que pediu ao Pai perdão por seus algozes, não pode ser um Jesus que apoia armas. Como diz Isaías 9:6 que ele é o
Príncipe da Paz.
A
palavra “cristão” quer dizer pequeno Cristo. Nós somos à imagem e semelhança de
Cristo. Não devemos de maneira nenhuma propagar ou semear o ódio ou qualquer
tipo de discurso que propague o ódio disfarçado de um falso moralismo. Como diz
o apóstolo Paulo:
Sejam
bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim
como Deus perdoou vocês em Cristo. (Efésios 4:32, NVI)
Ainda na carta de Paulo aos Efésios, ele nos ensina que
devemos seguir a Cristo como nosso maior exemplo e ser seus imitadores:
Portanto, sejam imitadores de
Deus, como filhos amados, e vivam em amor, como também Cristo nos amou e
se entregou por nós como oferta e sacrifício de aroma agradável a Deus. (Efésios 5:1,2, NVI)
Na carta de Paulo aos Gálatas, ele nos mostra quais são os frutos da carne e do Espírito:
Mas o fruto do Espírito é
amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão
e domínio próprio. Contra essas coisas não há lei. (Gálatas 5:22,23, NVI)
Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e para sempre. (Hebreus 13:8, NVI)
Graça e Paz, Laiz Meireles
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